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domingo, 29 de outubro de 2017

Ireland Gulls [3]

Gaivotas da Irlanda [3]


Há dias fui surpreendido por avistar uma gaivota com uma anilha que era nova para mim.



Anilha vermelha com o código alfa-numérico branco de três algarismos terminando em :D.
Graças às actuais tecnologias (smartphone), logo na praia, consultando o site da Euring, eu vi que pertencia ao Projecto da The Irish Midlands Ringing Group 

Após reportar a minha observação recebi informação de que o IMRG iniciou este ano um estudo sobre Gaivotas Urbanas em Dublin.
O IMRG fixou as anilhas vermelhas com códigos exclusivos em 90 crias de gaivotas que nidificaram no centro da cidade de Dublin.

Depois desta primeira Larus fuscus, registei, na Praia de Matosinhos e no Porto de Leixões, mais duas aves deste projecto; a R[025:D] e a R[056:D] cujas fotos aqui incluo.


Com esta iniciativa o IMRG está particularmente interessado em recolher informação que permita posteriormente construir uma imagem detalhada sobre; sobrevivência, movimentos, utilização da cidade, população e comportamento das gaivotas urbanas em Dublin.
Este estudo pretende também contribuir para um debate equilibrado e baseado em factos sobre gaivotas urbanas no futuro.


Dublin>Matosinhos= 1364 kms

Curiosa a semelhança ao Projecto que há já muitos anos o meu amigo Peter Rock desenvolve pelos telhados de Bristol e suas redondezas e que eu divulguei no meu post “Urbangulls vs Peter Rock”


Agradecimento:
 - Ao Graham Prole (IMRG) pela informação prestada


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sábado, 21 de outubro de 2017

Seagulls on land ... Ophelia on the sea!

Gaivotas em terra… Ofélia no mar!



Como é do conhecimento geral, há poucos dias atrás, o ciclone Ofélia ocorreu no Atlântico provocando mortes e danos graves na Irlanda e Reino Unido.
Embora o centro do furacão se localiza-se a 1220 kms a Sudoeste dos Açores, no território português, principalmente no arquipélago açoriano, também foram sentidos fortes ventos e chuva.
Depois das tempestades no mar é normal algumas espécies de aves marinhas se aproximarem e até descansarem em terra, vem daí o ditado português “gaivotas em terra, tempestade no mar!”.

Na esperança de ver alguma espécie menos frequente nestas paragens fui á praia de Matosinhos ver que aves por lá andavam.
Quando cheguei à praia fiquei surpreendido porque o areal estava completamente tomado pelas gaivotas. Apesar do movimento das máquinas e pessoas que estavam a limpar a praia das cinzas depositadas na areia em consequência dos recentes fogos na nossa floresta; dos cães que passeavam os donos; dos “espantalhos” que corriam sobre as gaivotas para fazer uma selfie para o facebook, pois... apesar de tudo isto, as gaivotas deslocavam-se de lado para lado mas permaneciam na praia.

Durante as cerca de 3 horas que passei no areal registei 60 aves com anilhas coloridas.
Aqui fica uma foto de uma das aves por cada um dos 12 países registados:














































































































Quando eu saía da praia uma velhinha vestida de negro que aqui vive há muitos anos, perguntou-me surpreendida:
- Ó senhor, você sabe porque há tantas gaivotas na praia?…

Respondi aquilo que é a minha convicção, olhei novamente o areal e, não resisti a perpetuar, num minuto, esta visão surpreendente





Se é certo que ficaram muitas aves por registar e não observei a presença de nenhuma raridade, fiquei feliz porque... foi uma manhã muito proveitosa!


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quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Portugal Seagulls


anilha B[M:164] 

No dia 9 de Setembro passado registei na Praia de Matosinhos a presença de três gaivotas Larus fuscus que, curiosamente, tinham o código da anilha com a numeração seguida ( M:164; M:165 e M:166 ).
Estas anilhas são originárias do ECOMAR-Centro de Reabilitação em Ílhavo o que significa que estes indivíduos foram submetidos a tratamento clínico.

anilha B[M:165] 

Surpresa maior foi quando recebi e "histórico" destas aves. Senão, reparem na espantosa coincidência:
1- Estas aves pertencem a uma espécie migrante (Larus fuscus) que aqui está de passagem ou que vem invernar em Portugal;
2- Estiveram juntas em tratamento e recuperação no ECOMAR (desconheço o tempo de internamento);
3- Foram devolvidas à Natureza no mesmo dia, 01/09/2017.

E é exactamente o facto de terem sido libertadas no mesmo dia e eu passados 8 dias ainda as ver juntas que me surpreende.

Na minha ignorância, dei por mim a questionar-me:
- Será que elas fizeram amizade no Centro de Recuperação?;
- Será que formaram uma equipe?;
- Será uma reacção natural de defesa?

anilha B[M:166] 



Não sei se isto se trata de pura coincidência, ou se haverá alguma justificação cientifica que desconheço.

Mas... que é curioso é!

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Agradecimentos:
- À Dra Rute Costa (ECOMAR) pela informação prestada.