sábado, 31 de outubro de 2015

Larus fuscus - Grande campeã

Larus fuscus

Anilha -     UPU     
Anilhador: Roland-Jan Buijs   (Holanda)
Data da observação: 16.10.2015


Algumas curiosidades sobre esta ave:

Observações:
-06 a 09.2007 – 2 avistamentos em Noord-Brabant, NL
-01.2009 – Souiria, Safi, Marrocos
-09.2009 – 3 avistamentos em Noord-Brabant, NL
-05 e 08.2011 - 2 avistamentos em Noord-Brabant, NL
-08 e 09.2012 – 4 avistamentos em Noord-Brabant, NL
-04 a 09.2013 - 4 avistamentos em Noord-Brabant, NL
-06 a 09.2014 - 7 avistamentos em Noord-Brabant, NL
-04 a 09.2015 - 3 avistamentos em Noord-Brabant, NL
10.2015 – Praia de Matosinhos, Portugal

É um facto que o numero de registos desta ave no período de Inverno é muito reduzido (apenas 2 em 9 anos) mas, atendendo que esta ave é extremamente conservadora ao passar a Primavera/Verão em Noord-Brabant poderemos presumir que Matosinhos é um ponto de passagem na rota migratória com destino a Marrocos(?).
Fico à espera de a voltar a avistar na Primavera quando ela estiver a fazer a viagem de regresso à terra natal.

A título de curiosidade quero ainda referir que a distância percorrida neste triângulo (Noord-Brabant; Souiria;Nood-Brabant;Matosinhos), medidos em linha recta, são 6.564 kms.


Grande campeã!




sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Larus fuscus - 26 anos


Anilha metálica - GG70601

Anilhador: Shaw and Armstrong (BTO)
Local onde foi anilhada: South Walney Bird Observatory, Cumbria, UK
Local da observação: Porto de Leixões, Matosinhos, Portugal
Distância: Cumbria > Matosinhos = 1553 Kms (em linha recta)
Data da observação: 26.06.2015

Esta gaivota foi anilhada no dia 01 de Julho de 1989.
Segundo informação da BTO nunca tinha sido registada nenhuma observação, ou seja, passaram 26 anos (9491 dias) depois que a ave foi anilhada até se confirmar que a ave ainda está viva.
Este caso é um exemplo comprovativo de que as aves anilhadas apenas com uma anilha metálica perdem muita informação sobre a sua longevidade, rotas migratórias, etc.
Não sei se há dados estatísticos sobre a quantidade de aves anilhadas e o numero de observações confirmadas dessas aves, mas admito que o retorno de informação seja muito reduzido.

Perante esta realidade, não compreendo porque ainda se continua a observar tantos juvenis de gaivotas apenas com anilhas metálicas.







quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Larus canus


C 40-46 cm, ENV 100-115 cm

Gaivota de tamanho médio, nidifica na Europa Central e do Norte. Em Portugal é exclusivamente invernante. Sendo mais regular a presença no pico do Inverno, pode ser observada isolada ou em pequenos grupos, sobretudo na metade Norte do litoral português.
Com posturas, no máximo de 3 ovos, reproduz-se isoladamente ou em colónias em zonas costeiras, ilhas, pântanos ou ao longo de rios. Preferencialmente constrói os ninhos perto de água no chão ou locais com pouca elevação.
Como a maioria das gaivotas são omnívoros e caçam pequenas presas.
Estima-se que a população mundial deste espécie seja de um milhão de casais distribuídos maioritariamente pela Europa com cerca de 80-90% da população mundial.

Estatuto em Portugal Continental:
Invernante pouco comum sendo mais comum encontrar juvenis que adultos.

ID
Pt: Gaivota-parda ou Famego
Es: Gaviota cana
En-us: Common Gull
Local da observação: São Pedro da Afurada, Portugal
Data da observação: 23.10.2015



Larus canus (1º.Inv.)

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Leucismo

Estamos a passar dias de tempestade, com ventos fortes e ondulação de 4-5 metros na costa. Estas condições meteorológicas, por vezes, fazem com que algumas espécies se aproximem mais da terra. Embora o tempo não estivesse muito convidativo, na Terça-feira peguei na câmera e nos binóculos e fui até à praia na expectativa de encontrar algo interessante. Registei a presença de aves anilhadas nas Ilhas Britânicas, Alemanha e Escandinávia. Mas o mais inesperado estava para acontecer. Primeiro a presença de uma nova Gaivota-polar (Larus glaucoides) que longamente tratou da plumagem como se estivesse a preparar as asas para continuar viagem… depois, relativamente próximo, uma outra que inicialmente, parecia uma Kumlieni (?) mas que, em analise posterior com a ajuda do amigo Inocêncio Oliveira, concluí que se trata de uma Gaivota-de-patas-amarelas leucística (Larus michahellis ).

Nem sempre aquilo que parece, é! 


 Larus glaucoides
 Larus glaucoides
  Larus glaucoides


 Larus michahellis leucística
 Larus michahellis leucística
 Larus michahellis leucística
Larus michahellis leucística

O que é Leucismo?
O leucismo é uma particularidade genética devida a um gene recessivo, que confere a cor branca a animais geralmente escuros.
O leucismo é diferente do albinismo : os animais leucísticos não são mais sensíveis ao sol do que qualquer outro.
Pelo contrário, são mesmo ligeiramente mais resistentes, dado que a cor branca possui um albedo elevado, protegendo mais do calor.

Larus fuscus


Anilha - Y[B+B]
Anilhada por Peter Rock em 26.06.2013 como pinto.
Distância: Bath > Matosinhos = 1250 Kms (em linha recta)
Data da observação: 13.10.2015





domingo, 25 de outubro de 2015

Arenaria interpres

C 21-24 cm, ENV 43-149 cm

Reproduz-se em costas, sobretudo pedregosas ou rochosas e em arquipélagos sem árvores; cautelosa mantem-se atenta do cimo da areia ou de um pedregulho. Inverna em diversos habitats costeiros. Com a alimentação muito variada usa o bico para levantar pedras ou algas para apanhar a presa que está por baixo. Nidifica no solo.

Estatuto em Portugal Continental: Invernante comum. Migrante de passagem abundante.

ID
Pt: Rola-do-mar
Es: Vuelvepiedras común
En-us: Turnstone
Local da observação: Porto de Leixões, Matosinhos, Portugal
Data da observação: 06.10.2015

Quando vou fazer as minhas observações dentro do Porto de Leixões procuro espécies de aves menos comuns em Portugal e, naturalmente, gaivotas com anilhas coloridas.
Ora, no passado dia 6, andava eu na Docapesca a olhar para as patas das gaivotas que repousavam em cima do cais quando me chamou a atenção um ruidoso grupo de limícolas que deambulava entre as gaivotas. Reparei surpreendido que uma das aves tinha uma anilha metálica. Procurei tirar algumas fotografias no intuito de ler a inscrição da anilha. Trabalho difícil! Irrequieta e nervosa não me permitiu obter as fotos que permitiriam a leitura completa do numero da anilha.Todavia, deu para ler uma palavra chave “Reykjavik”. Contactei o Centro emissor na Islândia mas, sem a numeração completa, não é possível conhecer a história de vida desta ave, pelo menos, dá para saber a sua origem e que a distância percorrida para chegar até mim foram 2676 kms (em linha reta).


Reykjavik > Leixões = 2676 kms


sábado, 24 de outubro de 2015

Sagres.2015

Sagres.2015


Nos primeiros dias destes mês fui até Sagres por ocasião do Festival anual de observação de aves migratórias.
A exemplo do ano anterior, a escolha desta data não foi a melhor opção porque as condições climatéricas favoráveis a Norte da Europa não tinham ainda “empurrado” as aves a fazerem a migração anual.
Teria sido uma desilusão (para quem se deslocou 600 kms) se não fosse tão satisfatória a saída pelágica realizada ao largo de Sagres. A observação de um tubarão-azul (Prionace glauca) e a sorte de navegar sobre um grupo de dezenas de golfinho-comum (Delphinus delphis), proporcionou a possibilidade de observar várias espécies de aves marinhas que acompanhava este grupo social de golfinhos


Infelizmente as condições de luz não permitiram sacar fotos excelentes, todavia quero partilhar algumas das imagens conseguidas a cerca de 10 milhas da costa.

 Cagarra (Calonectris diomedea)
 Pardela-negra (Puffinus griseus)
 Alcatraz-do-norte (Morus bassanus)
 Moleiro-grande (Stercorarius skua)
Pardela-de-barrete (Puffinus mauretanicus)

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Larus glaucoides


C 52-60 cm, ENV 123-129 cm

Reproduz-se na Gronelândia e no norte do Canadá. Invernante rara, no NO da Europa. Ocorre com pouca frequência, ou raramente, a Sul das áreas de reprodução (sobretudo em Out-Abr), perto da costa, incluído em bandos de outras gaivotas. No Verão, alimenta-se sobretudo de peixes, ovos e crias de outras aves; no Inverno, alimenta-se essencialmente de restos, em portos de pesca, lixeiras, etc.

Estatuto em Portugal Continental: Acidental

ID
Pt: Gaivota-polar (Gaivota-branca)
Es: Gaviota groenlandesa
En-us: Iceland Gull
Local da observação: Matosinhos, Portugal

Ao longo deste ano tenho tido o privilégio de acompanhar a estadia deste juvenil na costa atlântica de Matosinhos.
Presumo concluir que se trata da mesma ave porque já lhe conheço alguns dos seus hábitos; locais de alimentação e repouso, comportamento, etc.
Tantas foram as minhas “aproximações” que parece que ela também já me conhece!…


Após de uma ano de residência em Matosinhos falta saber até quando permanecerá por cá.

26.02.2015

08.03.2015

28.03.2015


10.04.2015


05.06.2015


15.06.2015


24.07.2015

28.08.2015

05.09.2015

 29.09.2015